Cheio de pasmo e dor, vergado ao desalento,
Tu disseste-me adeus, naquele dia triste.
E após a despedida, infausta de tormento,
Eu chorando fiquei e chorando partiste.
O pranto, meu amor, desfaz-se entre nós dois,
Em gotas de cristal, fazendo-nos sofrer.
Fizeram rebrilhar meus olhos, mais que sóis,
Quando no tempo, ao fim, nos tornámos a ver.
Sendo triste, um adeus, a quem queremos bem,
Obriga-me a dizer, após os prantos meus.
Que és tu muito feliz, quem diz adeus a alguém,
E é triste, quem não tem, a quem dizer adeus.